domingo, agosto 20, 2017

O governo brasileiro encorajou a vinda de nazistas para o Brasil?


Sim. Documentos recentemente liberados pela Delegacia de Ordem Pública e Social (DEOPS) mostram que o governo brasileiro foi complacente e até incentivou a vinda de criminosos de guerra para nosso país.
Os documentos são cartas trocadas entre as representações brasileiras em Roma e Berlim e mostram que a diplomacia fechava os olhos para empresários, engenheiros e militares, que eram encorajados a declarar e nomes e profissões falsos.
Alguns historiadores acreditam que o próprio presidente Eurico Gaspar Dutra sabia do que se passava. Além da simpatia que alguns setores do governo sentiam pelo nazismo, havia a desculpa de que técnicos e empresários alemães poderiam contribuir para a industrialização do país.
Diversos criminosos de guerra passaram pelo Brasil. Alguns nem se deram ao trabalho de mudar de nome, o que é o caso de Franz Stangl, o que mostra o quanto eles se sentiam seguros em terras tupiniquins.
A lista dos nazistas que vieram para as terras tupiniquins inclui ainda Gustav Wagner, um dos responsáveis pelo campo de extermínio de Sobidor, o mais mortal de todos, Hebert Cuckurs, acusado de participar da morte de 30 mil judeus, e, claro, Joseph Mengele, o médico que fazia experiências macabras com os prisioneiros de campos de concentração.

Se por um lado, o governo brasileiro facilitava a vinda de nazistas, ele dificultava a vinda de judeus. Uma circular secreta de 1947 recomendava restringir a entradas de judeus no país. 

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