Sim. Documentos recentemente liberados pela Delegacia de
Ordem Pública e Social (DEOPS) mostram que o governo brasileiro foi complacente
e até incentivou a vinda de criminosos de guerra para nosso país.
Os documentos são cartas trocadas entre as representações
brasileiras em Roma e Berlim e mostram que a diplomacia fechava os olhos para
empresários, engenheiros e militares, que eram encorajados a declarar e nomes e
profissões falsos.
Alguns historiadores acreditam que o próprio presidente
Eurico Gaspar Dutra sabia do que se passava. Além da simpatia que alguns
setores do governo sentiam pelo nazismo, havia a desculpa de que técnicos e
empresários alemães poderiam contribuir para a industrialização do país.
Diversos criminosos de guerra passaram pelo Brasil.
Alguns nem se deram ao trabalho de mudar de nome, o que é o caso de Franz
Stangl, o que mostra o quanto eles se sentiam seguros em terras tupiniquins.
A lista dos nazistas que vieram para as terras
tupiniquins inclui ainda Gustav Wagner, um dos responsáveis pelo campo de
extermínio de Sobidor, o mais mortal de todos, Hebert Cuckurs, acusado de
participar da morte de 30 mil judeus, e, claro, Joseph Mengele, o médico que
fazia experiências macabras com os prisioneiros de campos de concentração.
Se por um lado, o governo brasileiro facilitava a vinda
de nazistas, ele dificultava a vinda de judeus. Uma circular secreta de 1947
recomendava restringir a entradas de judeus no país.
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