segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Uma nova rádio está operando em caráter experimental em Macapá (a Fort Fm 99,9) e o assunto na cidade é a ótima seleção de músicas. Depois de meses, liguei o rádio para ouvir e gostei muito. Paralamas do Sucesso, Maria Rita, Rita Lee, Roberto Carlos... no tempo em que ouvi não repetiu uma única música. Mas todos sabem que isso vai durar pouco. Assim que a rádio começar a operar comercialmente, vai começar a ter os mesmos defeitos das outras: vai tocar no máximo 20 músicas, que são as mesmas que tocam em todas as emissora, os locutores não vão se conter e vão passar a maior parte do tempo falando sobre as músicas... e aí eu vou voltar a ouvir MP3. Seja no pen-drive, no notebook ou no som do carro, eu posso ouvir MP3 durante dias seguidos só com músicas selecionadas e sem voltar a ouvir uma só faixa.
É o MP3 que vai decretar a morte das rádios que estão aí. Por que passar horas ouvindo bobagem para conseguir ouvir uma música que preste se você pode colocar 200 músicas num só CD?
O mesmo vai acontecer com a TV. A matéria de capa da revista Superinteressante é sobre como o seriado Lost está decretando o fim da TV convencional (assunto que eu já tinha antecipado num texto aqui neste blog). Para exemplificar: na Internet já se pode conseguir episódios da terceira temporada de Lost. Enquanto isso a Globo ainda está passando (no pior horário possível) os primeiros episódios da velha segunda temporada. Chego a achar graça quando as chamadas da Globo falam em mistérios e novidades que todo mundo que curte o seriado já conhece há muito tempo. Dentro de alguns meses, já vai ser possível encontrar nas locadoras a terceira temporada inteira.
Em suma: as rádios e televisões convencionais estão com os dias contados. Chegamos à era em que o receptor pode fazer sua própria programação.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Ivam! Dias contadíssimos para o modelo de Tv e rádio existentes hoje sim. Não dá pra deixar de comentar esse post. A "Forte FM" tem uma programação excelente, mas esse enorme PORÉM vem logo em seguida quando lembramos o quão pobre é a programação de nossa cidade. O triste dessa história toda, é que nós podemos conjugar o verbo na 1ª do plural pra fazermos nossa propria programação, mas a grande parte da população ainda assiste e escuta sempre o pior e a mais barata das programações... Mas até a TV a cabo não vai lá bem das pernas. A qual eu lembro que inicialmente teria uma proposta de não ter comercial (uma vez que é fechada - paga), não nos dá mais essa opção. Bem como uma programação que deve ser cuidadosamente peneirada...